Olá queridos,
Hoje vamos falar da rota alternativa que adotei para este feriado de Carnaval, onde a grande maioria de brasileiros prefere a praia e/ou as agitações que acontecem em todo o país nesta época. Vou mostrar pra vocês o meu feriado que passou longe de qualquer samba enredo, como normalmente opto todos os anos por passar.
Nosso cantinho chama-se Vale do Matutu, que oficialmente pertence a cidade de Aiuruoca, no sul de Minas Gerais. Fora de temporada, o Vale do Matutu acolhe 300 moradores. Em alguns pontos mais altos, a luz elétrica não chega! ;-)
Além dos nativos que ali se encontram, o Vale do Matutu recebe há mais de 20 anos pessoas ligadas a arte, música, yoga e outras linhas espiritualistas e, especialmente, amigos conectados com a missão de preservar este lugar.
Ali estão diversas nascentes importantes desta região conhecida como o “roteiro das águas”, que engloba as cidades de São Lourenço, Caxambu entre outras. Cercado por uma “ferradura” de montanhas, um circuito de trilhas e cachoeiras atrai outros muitos visitantes, embora a capacidade de recebimento seja (ainda bem!) pequena.
Chegando ao Vale do Matutu pela estrada de terra (aproximadamente 17 km), é possível avistar o famoso Pico do Papagaio, cuja trilha para atingir o cume leva em torno de 4 horas – só de subida. ;-)
Nossa estada foi na Hospedaria Oca Soma, um espaço que nasceu para ser um ciclo de vivências e práticas terapêuticas e se expandiu mais um pouquinho para receber familiares e amigos. A querida Vera Peirão cuida de cada detalhe e nos recebe com tanto carinho que nos sentimos “mimados” e acolhidos do começo ao fim. Com toda a atmosfera do Sagrado Feminino, nos sentimos ali no “útero do vale”, como a própria Vera diz.
Sustentabilidade é princípio básico no Vale do Matutu. E no sítio Oca Soma isso está em cada detalhe. As construções foram feitas com técnicas e materiais originários da região, como taipa de pilão, pau a pique e madeiras que se encaixam sem pregos e etc. No salão onde acontecem as reuniões, cursos e práticas de yoga e dança, a arquitetura de bambu aproveita iluminação de ventilação naturais além de ter como cobertura um telhado verde lindíssimo. Ao lado da “oca”, como carinhosamente é chamado o salão principal, a mãe natureza se encarregou de formar um templo centenário de araucárias, onde Vera colocou um pequeno altar.
A parte do sitio Oca Soma que fica do outro lado da estrada, esta arrendada para uma cooperativa que trabalha a terra em uma produção orgânica de vegetais variados e de shitake, atendendo a demanda local e as escolas da prefeitura de Aiuruoca. Tem também por ali um pequeno paraíso escondido que só os visitantes da Vera têm acesso, por estar em sua propriedade privada. Uma pequena piscina natural com água que vem da nascente, super limpa e transparente.
Bacana demais, né?
No post de amanhã vocês vão conferir a segunda parte deste Carnaval zen, com mais dicas sobre o Vale do Matutu, cachoeiras, história e afins! Não percam!!!
2 Comments
Gosto tanto que estou buscando um sítio na região, mas oque me chamou a atenção mesmo foi a arte do acaso! Andrea Alves? Muito prazer! André Alves!!!
Ola André! poxa, não existem coincidência né? hehe... Muito prazer e seja bem vindo ao nosso blog!
Leave A Comment