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Nosso blog é mesmo um mix de assuntos de bem estar. Não poderia deixar de fora as minhas raízes arquitetônicas e urbanísticas.

E por falar em arquitetos e urbanistas, um novo profissional entra no debate sobre o efeito de “soluções verdes” para as cidades. Neurocientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos,descobriram como a cidade se processa no cérebro das pessoas e como o contato com a natureza produz reações surpreendentes.

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Segundo os cientistas, um simples passeio num parque é capaz de aumentar a capacidade de um indivíduo para solucionar problemas.

Submetidos a uma experiência, grupos foram convidados a realizar uma bateria de provas várias vezes num dia. Um deles, porém, era convidado, entre um exame e outro, a caminhar por um bosque. Os demais caminhavam apenas pela rua, sem tanta presença da natureza. Constataram que o passeio entre as árvores estava associado a um melhor desempenho nos testes. Mais de 25 estudos sobre a reação cerebral de pessoas que andam ou correm em ambientes verdes foram realizados e mostraram que, de modo geral, há redução da ansiedade, da depressão, do cansaço e da tristeza.

Experiências como a do High Line, o “minhocão” novaiorquino que vem sendo transformado num parque, passam a ser vistas como remédio para a saúde mental. Por isso, há cidades norte-americanas experimentando chamar psicólogos e neurocientistas para ajudar no planejamento urbano.

Sobre o High Line Park:

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No início deste mês, Nova York ganhou de presente a segunda parte do High Line, um parque suspenso que atravessa os bairros do Chelsea e Meatpacking (projeto arquitetônico de Diller Scofido & Renfro) . O lugar, uma antiga via férrea até os anos 80, virou área verde com 1,6km de extensão em sua primeira parte. Agora, seus 2,3km estão completos e os números resultantes dele são impressionantes.

Só turistas em 2010 foram 2 milhões. Com esse poder de atração, os arredores do High Line se supervalorizaram. Tem por lá agora bares, restaurantes e até um hotel, o The Standard, do Andre Bazals. Estimativa de US$ 2 bi gerados a partir do parque. Isso para um investimento de US$ 115 mi feitos com 2/3 de dinheiro público e o restante vindo do setor privado.

“Imagine o nosso “minhocão” sem carros, tomado por jardins, surgindo como um floresta nessa cicatriz de São Paulo…” Gilberto Dimenstein

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