beaubourg

Paris tem muitos caminhos charmosos e os deleites sensoriais estão por toda parte. Mas este post tem valor especial, pois o trajeto a seguir cruza o bairro mais lindo da cidade na minha humilde opinião: Les Marais.

O Centro Georges Pompidou, conhecido pelo parisiense como Beaubourg, foi desenhado pelos arquitetos Richard Rogers e Renzo Piano e implantado no ano de 1977 no quarto arrondissement de Paris. Sua arquitetura, muito polêmica na época, é considerada um marco do movimento pós moderno. Abriga hoje museu, biblioteca e teatros e é ponto obrigatório para amantes de arte e arquitetura. Ele é nosso ponto de partida e você poderá chegar de metrô pela estação Rambuteau. O horário de funcionamento é das 11hs as 21hs. Fique atento pois não abre às terças-feiras.

Saindo do museu você seguirá pela Rue Rambuteau, quase uma viela de tão estreita, com lojas, restaurantes e “vendinhas” super interessantes. Lá encontrei uma frutaria enorme e a Fragonard, loja de decoração que mescla artigos orientais com arte contemporânea, como é o caso da almofada com fotografia indiana que arrematei para minha casinha em SP.

le marais

Algumas quadras a frente a mesma rua passa a se chamar Rue des Francs Bourgeois, onde o bairro já é mais agitado e não dificilmente você encontrará bandas de Jazz na calçada. No número 01 da rua, está uma das boutiques de sorvetes mais conhecidas da Europa, a Amorino, e o gelato italiano vem montado como uma flor.

amorino

Para desfrutar o sorvete, relaxar e até tomar sol, entre na magnífica Place des Voges e se estenda pela grama ou contemple o momento em um dos vários bancos sob a sombra das trepadeiras nos pergolados. Margeando a praça fica o apartamento onde morou o escrito Victor Hugo, autor de Les Misérables dentre várias outras peças e importante figura política nos tempos de Napoleão. Imaginem que este apartamento foi frequentado por Honoré de Balzac, Alfred de Musset e Alexandre Dumas. Nada fraco, né?

Uma quadra a frente da Place des Voges você chega a praça da Bastilha, que abrigou a prisão da Bastilha, desativada em 14 de julho de 1789 no evento conhecido como “Queda da Bastilha”, estopim da Revolução Francesa. Não é considerada por muito parisienses como o lugar mais bonito de Paris, mas é um símbolo da esquerda francesa e, para mim especialmente, é o local onde fica o restaurante Le Paradis du Fruit. Pela importância histórica e o delicioso restaurante “natureba” já vale a visita.

bastilha

Ali está também a Ópera da Bastilha, importante ponto de referência para o tesouro escondido que finaliza nosso passeio: a Promenade Plantée.
O jardim suspenso com aproximadamente 4,5km corta o 12o arrondissement e é um deleite para fugir da agitação do plano da rua. Por uma pequena e discreta escada na Avenue Daumesnil, logo atrás da Ópera, você acessa o estreito viaduto que tem diversos tipos de plantas e flores por toda sua extensão. Excelente ponto para descanso, contemplação e silêncio.

promenade

Espero que tenham gostado do trajeto e das dicas! Ainda temos muito mais por vir! ;-)

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