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A cada dia cresce o número de crianças e jovens que estão acima do peso ideal para sua idade.

O problema da obesidade infantil não se limita às grandes cidades que exigem dos pais modernos pressa e praticidade no cumprimento das tarefas cotidianas. Comunidades rurais também enfrentam esta questão, que está relacionada a uma profunda mudança no estilo de vida.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo, quase 43 milhões de crianças abaixo dos 5 anos já apresentam sobrepeso. No Brasil, a obesidade atinge 30% das crianças e adolescentes.

O excesso de peso se caracteriza quando a relação entre o peso e a altura da criança alcança um Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30. Entre as causas destacam-se fatores genéticos, hormonais, desmame precoce, dieta desbalanceada e a falta de exercícios físicos. Na maioria dos casos, hábitos de vida prevalecem em relação a genética. Isso significa que, na maioria das vezes, a responsabilidade é dos costumes alimentares endossados pelos pais.

De 12% a 17% das crianças brasileiras com idades entre 5 e 9 anos são obesas, segundo o IBGE. Outro dado alarmante é que 74% delas vão apresentar hipertensão arterial na vida adulta. Outras consequências físicas podem se mostrar ainda na infância, como problemas ortopédicos, respiratórios, o diabetes e o aumento do colesterol.

Algumas consequências psicológicas também têm sido relacionadas à obesidade infantil, como isolamento, baixo rendimento escolar, baixa autoestima, depressão, entre outros.

O desafio de mudar

As crianças em geral sem mostram mais abertas às mudanças na dieta e na reeducação alimentar. Cabe a família insistir e participar, dando o exemplo. As mudanças necessárias começam com a introdução de alimentação saudável e a prática de atividade física. Além disso, é preciso reduzir as atitudes sedentárias (TV, videogame, computador) para menos de 2 horas por dia.

Ensinar a criança sobre a origem, cultivo e distribuição dos alimentos também faz com que ela colabore mais com o processo. “Por isso, é importante levar a criança às compras, fazer passeios em chácaras com plantações, ter uma hortinha em casa, etc. Ela também deve participar da elaboração da refeição, e os alimentos devem ter boa apresentação, com cores, aromas e sabores variados”, orienta o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros.

Outras dicas práticas são:

– Elimine refrigerantes e biscoitos da lista de compras.
– Beba mais água durante o dia.
– Estimule a ingestão de sucos de frutas naturais.
– Mantenha horários fixos para as refeições.
– Limite o número de vezes por semana para sair da rotina de alimentação saudável.

Movendo o corpo a acertando a dose

Para incentivar o movimento, as atividades devem ser feitas de maneira mais lúdica o possível, estimulando práticas agradáveis para as crianças. Jogos como futebol, vôlei, basquete e outras atividades como andar de patins, bicicleta, pular corda e bambolê, entre outras, são muito benéficas.
Um dos principais equívocos que os pais cometem é não respeitar a saciedade das crianças., forçando com que terminem a refeição no prato.

Outra questão importante também é evitar usar o alimento como uma ameaça, um brinde ou uma troca, realizar refeições diante da TV (não há concentração naquilo que se come). Além disso, é desaconselhado pular refeições, oferecer alimentos desprovidos de qualidade nutricional apenas para que a criança não fique com fome, além de trocar as frutas por sucos – mesmo os naturais.

“Antes de pensar em agir no sobrepeso, os pais devem descobrir como evitá-lo. É mais eficaz, mais econômico e menos sofrido para todos”. Dr. Moises Chencinski, pediatra.

Você pode saber mais como a indústria do Junk Food e toda a propaganda enganosa sobre os alimentos se tornaram os grande vilões da alimentação infantil no documentário de Estela Renner, ‘Muito Além do Peso’.
Esperamos que todos se conscientizem, pela prevenção de cura da obesidade, que afetam drasticamente o futuro das crianças. #FIQUE DE OLHO

http://www.youtube.com/watch?v=K0y82oVGiPE

Fonte: Revista Viva Saúde