Vivemos hoje numa sociedade baseada nas trocas a partir do dinheiro. A maneira mais usual de adquirimos comida, abrigo e proteção, essenciais a subsistência humana, depende da moeda e assim se baseia o mercado. O trabalho passa a ser um meio para o dinheiro e, embora ainda seja bastante diversificada a importância que se dá às conquistas materiais e ao desenvolvimento econômico, num aspecto todos concordam: É impossível viver sem ele, o dindin!
Mas e se nossas trocas fossem medidas pelo tempo?
Na busca pela sobrevivência, o dinheiro ganhou maior valor que o tempo. O tempo parece um artigo de oferta ampla com preço bem baixo. Mas você pode imaginar se, para comprar comida, você tivesse que doar um dia de vida? Ou para andar de ônibus, duas horas? Nada de dinheiro, apenas tempo.
Este é um paradigma difícil até de se especular. Mas o filme ‘O Preço do Amanhã’ (In Time), de Andrew Niccol, mostra como seria a vida baseada nas trocas pelo tempo.
Will Salas (Justin Timberlake) é um rapaz pobre, nascido num gueto, que lida diariamente com a barganha do tempo que, nesta época, é limitado a 25 anos de vida. A partir desta data, os relógios individuais são contados regressivamente e, para se viver mais, é preciso trabalhar ou adquirir horas de outros, em doações, roubo ou negociatas. A relação até este ponto é parecida com a do nosso dinheiro atual, exceto pelo fato de que, em algum momento, este relógio se esgota e a vida do indivíduo é desligada.
Será que hoje podemos ter autonomia sobre nosso tempo e conhecemos seu real valor? ;-)
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